Há um bom tempo, o Senhor me inspirou a escrever esta reflexão com o título acima.
Estava pensando o quanto é sério fazer um voto a Deus quando estamos em busca de uma bênção que aos nossos olhos é impossível.
O voto ao qual me refiro não é aquele que de dois em dois vamos as urnas para eleger nossos governantes.
O voto que estou falando é aquele que necessitamos tanto que no desespero, fazemos um a fim de alcançar uma graça.
O voto que fazemos a Deus é algo muito sério e precisa estar disposto a obedecer, pois se não for realizado, você pagará o preço .
A Bíblia Sagrada nos conta a história de um certo homem que fez um voto a Deus e quando se saiu vitorioso teve que cumprir, mas para ele foi muito complicado, porque o seu voto envolvia algo que ele amava muito, porém não podia voltar atrás.
Em Juízes, capítulo 11, conta-se a história de um homem chamado Jefté que no passado fora desprezado pelo seus meios-irmãos, por ser filho de seu pai com uma mulher cananaanita, sendo ela, considerada uma prostituta e, por esta razão, Jefté foi expulso de casa.
Durante uma temporada, Jefté foi viver em Tobe e tornou-se um excelente soldado.
Posteriormente, o povo Israelita entrou em guerra com os amonitas e o único que poderia salvá-los era Jefté, por possuir qualidades de um guerreiro de valor.
Então, seus irmãos sem nenhuma alternativa, a não ser implorar para ele lutasse em favor de Israel.
Jefté, por sua vez, aceitou o convite, tentando um acordo com os amonitas sem derramamento de sangue, porém não foi aceito.
O grande guerreiro, clamou a Deus para que saísse vitorioso, e é aí que entra a questão do voto.
Jefté suplica ao Senhor, todavia faz-lhe um voto dizendo que se vencesse a batalha contra o povo amonita, iria oferecer em sacrifício a primeira pessoa que aparecesse a sua frente.
Contudo, o Senhor deu vitória ao povo de Israel. Todos comemoraram, se alegraram.
Ao término da batalha, Jefté volta para sua casa quando a primeira que pessoa que lhe aparece é a sua própria filha.
Naquele instante, toda sua alegria, seu esforço, sua vitória tinha ido por águas abaixo, pois tinha que cumprir o voto e o pior de tudo que o sacrifício era sua amada filha, a quem tanto amava e estimava.
Acredito eu, que no momento em que Jefté deparou-se com a filha, ela o abraçou com sentimento de orgulho e vitória, mas para Jefté o mundo tinha desabado sobre suas costas.
Como tinha feito voto e o voto é coisa séria, ele anunciou para a filha que teria que oferecê-la como sacrifício vivo ao Deus de Israel.
A filha era pura, nunca tinha se casado. Ela além de boa filha, era uma serva do Senhor e temente aos seus ensinamentos.
A amada filha de Jefté disponibilizou a entregar a própria vida para o cumprimento que Jefté fez com Deus.
A jovem, antes de ter a vida ceifada, lamentou-se pela sua virgindade e logo sua vida foi uma oferta ao altar do Senhor.
Jefté com a ajuda do Pai Celestial fez com sua Terra fosse vencedora, mas seu coração estava dilacerado por ter feito um voto tão radical como esse.
Talvez esse grande guerreiro e juiz nunca mais foi o mesmo, porque teve que matar a própria filha e não tinha como desfazer o voto ou não executar.
Por isso, amados e amadas do Altíssimo, quando fizer um voto, pense bem e veja se realmente pode executar aquilo que negociou com o Senhor.
Lembre-se: Se fizeres um voto, não poderá voltar atrás.
Tenha coerência e coração aberto para satisfazer a vontade de Deus.
Que Deus abençoe a todos vocês!
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